sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Celli Sonare Apresenta: Ero Dictus "in Classic"


O Quarteto de Violoncelos Celli Sonare apresenta-se nos dias 07 e 14 de Outubro de 2011 
no Teatro de Arena (Sérgio Cardoso) Deodoro da Fonseca, em Maceió-AL, às 20 horas. 

Os Violoncelistas José Tavares Neto, José Rocha, Felipe Brandão e Patrícia Cassimiro tocarão peças dos períodos Barroco e Clássico, como também, uma peça Secular em homenagem aos The Beatles.

Estrelando o grupo Ero Dictus
composto por cantores líricos, pianista, violistas e violinistas.
no espetáculo "in Classic".
Parcerias: Teatro Deodoro (100 anos de arte) e Instituto Zumbi dos Palmares - I Z P
Produção: Arnoud Borges
Informações: 55 (82) 9971.9654 / 9909.9434

Aprecie!
   

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Curso de Violoncelo Aberto na ETA/UFAL



A Escola Técnica de Artes - ETA da Universidade Federal de Alagoas - UFAL promove um Curso de Violoncelo intensivo de extensão à comunidade que será ministrado pela Professora Violoncelista e Educadora Musical Miran Abs.
A Violoncelista é formada em Licenciatura em Música pela UFAL e em Bacharelado em Violoncelo pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB. Atualmente, Miran Abs está se especializando em Educação Musical pela UFAL.



Com nome já bastante reconhecido no mercado musical nordestino, Abs tem realizado e/ou participado de diversas produções musicais, tanto na área da Música Erudita quanto na Música Popular com vários artistas alagoanos, entre outros. Falar do cenário violoncelístico alagoano sem citar Miran Abs seria, brinco eu - por ser uma amiga querida, um sacrilégio, no sentido de Atentado contra uma pessoa sagrada, digna de veneração. Essa Celista toca muito e recomendo o curso que estará realizando.

Inscrições:
De 25 a 29 de Julho de 2011
Das 9:00 às 17:00 na secretaria da ETA

Teste de seleção:
Dia 01 de Agosto de 2011, às 14:00, na sala 7 do Espaço Cultural/UFAL

Atenção:
Quatro (4) Vagas!

Programa do teste de seleção:
A) Escala: executar uma escala maior e sua relativa menor (Tonalidade de livre escolha);
B) Estudo: executar um estudo de SUZUKI ou DOTZAUER (Estudo de livre escolha);
C) Repertório: peça musical de livre escolha.

Obs.: Os candidatos deverão participar das aulas de Teoria e Percepção Musical.

Maiores informações:

1. etaufal.blogspot.com

2. (82) 3223.2629

3. miranabs@hotmail.com

PARTICIPE!

sábado, 23 de julho de 2011

Arte da Articulação

Um assunto particularmente importante para um bom estudo de Violoncelo trata-se das Articulações. No dicionário, articulação é a junta entre dois ossos ou cartilagem no esqueleto de um vertebrado; também significa o ato ou efeito de articular, ou seja, unir-se, ligar-se, pronunciar uma sílaba ou palavra, ou frase, e “pronunciar” em música consiste em tocar ou cantar uma melodia, ou frase musical. Como o Violoncelo é um instrumento basicamente melódico a pedagogia violoncelística pelo o estudo da articulação é de vital importância, por isso mesmo que o “Violoncelos de Maceió” levanta esse assunto para discussão.
Primeiramente o que um Violoncelista precisa saber para articular bem é está “solto” ao seu instrumento. Conhecer seus pontos de tensões, se no ombro, se no cotovelo, se no peito ou pescoço, enfim, saber tocar com menos esforço.
Mesmo os Celistas mais “relaxados”, corporalmente falando, precisam ter ciência de seus pontos de tensão. Após isso, o primeiro exercício a fazer é relax os ombros fazendo movimentos circulares, inspire para suspendê-los e expire quando você deixa cair os ombros, e relaxe, levante o braço e deixe que o próprio peso o faça descer, sempre inspirando e expirando, gire a cabeça suavemente para relaxar o pescoço, sucessivamente respire fundo.
Estes exercícios iniciais nos ajudam a entender melhor como funciona o nosso corpo ao executar certos movimentos no violoncelo posteriormente.

Usando o Antebraço:

Empregado principalmente em meio à metade superior do arco, embora possa ser usado em qualquer parte do arco. No ensino da técnica de violoncelo para iniciantes, eu recomendo primeiro ensiná-lo como utilizado na parte superior, na meia curva do arco. Além de aprender a ser confortável na metade superior, se formos tocar passagens rápidas com curvas separadas observaremos que não haverá outra forma de executá-los, exceto com o antebraço. Na verdade, o antebraço pode ser usado tanto na parte superior quanto na inferior do arco. A razão pela qual o movimento do antebraço é o movimento mais eficiente para passagens rápidas, porque o violoncelista só precisa mover uma parte do braço.

“Alguns violoncelistas tendem a ser jogadores do antebraço, alguns tendem a ser jogadores de todo o braço, etc E a razão para isso é quase sempre - sim, você adivinhou - a tensão. Se os músculos do ombro são apertados, o aluno será provavelmente mais de um jogador do antebraço. Se o bíceps e tríceps são apertados, o aluno tende a usar o braço inteiro para cursos de proa e evitar o antebraço. O resultado disso é um violoncelista escolher um movimento que pode não ser o mais eficiente para o trabalho específico a ser feito.” (CELLOPROFESSOR.COM).

Enquanto usando o movimento do antebraço, eu recomendo um ligeiro aumento em pronação do antebraço e mão. Repare que se você usar o Pulso ao invés do Antebraço o som do Violoncelo sairá “arranhado”.

O cotovelo:

Nós podemos escolher se conservamos os nossos cotovelos quando tocamos, ou seja, se deixamos numa posição baixa, mas com este movimento é necessário ter o cotovelo para cima, mas não muito alto, não importando em que parte do arco está sendo usado. A articulação do cotovelo só permite o movimento em duas direções. Se o cotovelo é baixo, o braço move-se do chão ao teto, e não da esquerda para a direita.

O Ombro:

Este os violoncelistas tendem a favorecer desde o início. Podemos usá-lo para legato ou para uma "pincelada". Isso pode ser feito em qualquer parte do arco, embora seja usado com mais freqüência na parte inferior.

O vetor que inicia o movimento sempre será no Ombro, é o pivô da articulação, para realizar Spiccato controle o Pulso. Como tinha dito antes no artigo sobre o Ato do Vibrato”, pensamos no ombro como um pivô comum, ou seja, pensamos em uma "asa de galinha", movimento com o braço se movendo para cima e para baixo, mas ainda aumento a informação, o braço também pode "girar" na articulação do ombro. O cotovelo deve ser baixo neste movimento para criar uma esquerda para a direita até curvar arco.

Arco inteiro:

Para a realização desse movimento é necessário que o Violoncelista tenha estudado cada detalhe dos movimentos anteriores, ou seja, precisa saber utilizar o seu braço na articulação do arco. É preciso observar os movimentos da parte superior e inferior do arco para depois juntar os dois exercícios e fazer a articulação do arco inteiro.

Veja os pontos para observar:

  • A articulação pivô fica no ombro (ativo), cotovelo e pulso (passivo);

  • Os movimentos ativos parte do antebraço;

  • Na transição do movimento do arco o cotovelo baixa gradualmente;

  • Pulso ligeiramente dobrado para manter a proa em linha reta (movimento ativo é a mão);

  • Comece com o movimento do braço inteiro e termine com o movimento do antebraço;

  • Supinação (metade inferior) e pronação (metade superior).

Insisto: É necessário que o aluno de Violoncelo estude os movimentos separadamente para exercitar o arco inteiro. Fique atento(a) aos aspectos dos movimentos da parte do meio do arco para a parte superior e depois da parte do meio para a inferior, após isso os junte e faça o arco inteiro.

Alguns pontos a serem analisados:

Se a tensão está presente, os movimentos ficam limitados. Por exemplo, se o meu ombro é “apertado”, o movimento do braço todo se torna reduzido, então, Tensão sempre se mostra em torno da articulação do pivô. Ou seja? No Ombro! Massagens são ótimas para aliviar as tensões;

Tente controlar os movimentos sem usar Força;

Use o impulso para realizar os movimentos; um exemplo, quando vamos brincar de pular corda não usamos força nas pernas para saltar, mas utilizamos o impulso. Pense! A proposta aqui é usar o mesmo fundamento para o estudo da articulação ao Violoncelo;

Na metade superior da curva do arco segure o cotovelo direito para cima (mas não muito alto!). "Abrir e fechar" antebraço, mantendo a parte superior do braço se movendo da esquerda para a direita. O movimento da esquerda para a direita, para cima e para baixo deve ser realizado somente através do antebraço.

AGORA OBSERVE OS PONTOS DE ARTICULAÇÃO EM SEU CORPO:

Observação: todas essas sugestões são em relação tanto ao braço direito do Celista no arco quanto para o esquerdo no braço do Violoncelo.

No entanto, o Violoncelos de Maceió” tem o prazer em contribuir com a cultura violoncelística. Relaxem e mãos a obra!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Dicas dos grandes mestres

Navegando por alguns blogs sobre Violoncelo encontrei o de Kátia Ferreira, onde ela compilou dicas de professores de Violoncelo que ela tinha participado em alguns workshops, e espero que todos aproveitem, pois as considero de grande valia.

Não é intenção do "Violoncelos de Maceió" reproduzir artigos e postagens de outros blogs, porém revolvi contrair parte dessas informações para repassar aos leitores que por aqui atracam em suas navegações virtuais. Permitam-me deixar bem claro que todos os créditos desta postagem são da autora mencionada, e que a verdadeira intenção é compartilhar as "boas novas". Agora desfrutem das dicas para seus estudos.

COMPILAÇÃO DE DICAS DE PROFESSORES DE VIOLONCELO

Você deve ter força e flexibilidade, força elástica (ou similar a uma mola);

Toque os harmônicos com mais força quando no meio de uma passagem de modo que o som fica homogêneo;

Sempre pare e analise por que você está cometendo erros - não continue a tocar e seguir em frente como se nada tivesse acontecido;

Quando comecei a me preocupar com a divisão do arco me tornei um melhor instrumentista quase que imediatamente;

Ótimo exercício para controle do arco: arco extremamente lento perto do cavalete;

Crescendo é também criado por aumento da intensidade do vibrato, não só com o arco;

Estudar escalas lentamente;

Acumulamos camadas de tensão sem termos consciência disso. O corpo se ajusta como um mecanismo protetor para prevenir danos, os quais podem se somar a um monte de hábitos pouco saudáveis;

A causa primária da dor: movimento repetitivo e uso demasiado. Vibrato é um caso clássico de movimento repetitivo;

Nosso corpo é como uma balança, ele procura se equilibrar. Não vá contra esta tendência natural;

Apertar não é saudável e deve ser transformada nas ações (mais naturais) de puxar e suspender;

O teste da respiração: comparar a habilidade de respirar e posições diferentes, este é um grande indicador de quando estamos tocando em posições mais naturais;

Sentar-se: um ângulo de 60 graus entre suas coxas e um eixo vertical seria o desejado. Posição dos pés: coloque-os em frente dos joelhos, não enrolados debaixo da cadeira: você perceberá que seu braço parece mais leve quando você faz isso;

Arcos para baixo são ajudados "manobrando" com o pé direito; arcos para cima, "manobrando' com o pé esquerdo;

Alavanca: ações similares às de uma alavanca acontecem mais facilmente se você tem uma base firme (pés separados na frente dos joelhos, os quais estão num ângulo de 60 graus em relação à vertical) e também se o violoncelo é segurado um pouco distante da linha central de seu corpo;

Colocação do instrumento: a idéia de segurar o violoncelo bem contra o “centro” do corpo vem dos dias dos espigões antigos. Alinhe o violoncelo com o lado esquerdo do corpo, mantendo-o longe do pescoço e ombro. Isto "abrirá" o braço esquerdo (uma boa coisa);

Nosso corpo naturalmente se move em movimentos sinuosos. A mão direita naturalmente se move no sentido anti-horário. O arco deveria viajar numa figura de um 8;

Sente-se com a coluna reta;

O arco não precisa necessariamente viajar paralelo ao cavalete para um bom som. Pode ser mais natural um pequeno desvio - talão mais baixo que a ponta (arco para baixo); talão mais alto (arco para cima);

Notas longas (arcos longos) são difíceis porque o corpo pára de se mover;

Mantenha o corpo em movimento sempre. Imobilidade causa tensão;

O polegar esquerdo não precisa estar sempre atrás do segundo dedo. Deixe-o ficar onde ele "quer", dependendo da passagem a ser tocada. Solte o polegar quando tocar passagens rápidas;

O quarto dedo só é fraco por causa da posição "standard" da mão. "Role" sua mão à medida cada dedo toca, de modo que o peso seja transferido para cada dedo. Sempre procure escutar o que você toca do ponto de vista musical. Incline o arco para ter mais crina em contato com a corda;

É necessário ouvir a música “na cabeça” antes de começar a buscar soluções do ponto de vista musical;

Pensar que você está tocando para a última fileira de cadeiras de um teatro para que a sua intensidade se desenvolva. Colocar o arco na corda antes para começos bem definidos. Estude passagens rápidas num tempo mais relaxado;

Use o peso (relaxado) do corpo para criar pressão, nunca “esprema”;

Existem três tipos básicos de posições dos dedos: as posições de 4 dedos (semitons entre os dedos), as posições de 3 dedos (quinta até sétima posição), e as posições de capotasto. Ao todo são oito “posições de 4 dedos”, quarto de “3 dedos” e 32 de capotasto. Starker acha que as mudanças de posição devem realmente serem pensadas: posição para posição, não de dedo para dedo. Devemos decidir qual dedo lidera a mudança e também em qual direção do arco acontecerá a mudança. Há dois tipos de conexão entre as posições, a conexão “antecipada” e a conexão “atrasada”. Na conexão “antecipada, tomamos tempo da primeira nota, chegando na nota seguinte, o glissando acontecendo no arco prévio. Na conexão “atrasada”, tempo é tomado da próxima pulsação, com a saída começando no próximo arco. Na mudança de posição de 2 ações, o cotovelo “mergulha”. O movimento do braço deve se encaixar no tempo da música. A mudança de uma ação produz um som de vogal, mais suave; a mudança envolvendo duas ações já produz um som de consoante, mais percussivo e abrupto;

A melhor maneira de estudar é pensar e planejar o que você vai fazer;

Sempre tocar com movimentos sinuosos (curvas), isto é, mantenha os polegares curvados;

Mudanças de arco: o braço deve antecipar o próximo arco e a próxima corda;

Extensões: use somente se são realmente necessárias. Relaxe imediatamente a mão após a extensão. Quando mudando para a posição de capotasto, pensar que está mudando o polegar, não o dedo que está tocando. Capotasto: a força da mão esquerda vem do polegar, primeiro e terceiro dedos;

A palavra mais importante em música é o “e”, o contratempo. Em outras palavras, sempre toque ritmicamente correto e não corte o valor das notas;

Pressione o instrumento no joelho esquerdo para manter a pressão do arco na ponta;

Na posição de capotasto, toque com o polegar EMBAIXO do espelho. Quando ele está sobre as cordas, apesar de sentirmos mais segurança, o som sofre com a perda de harmônicos e temos menos liberdade de movimento da mão para o vibrato;

Toque para o maior número de pessoas possível para ficar menos nervoso(a). Toque no maior número de oportunidades possível para que você possa aprender a se comunicar com o público;

Teça alguns comentários sobre as peças que você irá tocar, assim o público poderá seguir melhor;

Você não precisa tocar por duas horas seguidas, concertos nunca são pequenos demais. O poder da imaginação é mais importante que seu volume. Não tente tocar mais forte do que a orquestra nem “vencer” a acústica de uma sala;

Empurre e puxe som com o arco. Não pressione. Ponha ênfase na nota anterior à mudança de posição ou antes de mudanças de corda que pulam uma corda;

Você deve começar de um lugar sólido, não instável, para poder passar para a outra nota com confiança e exatidão. Observe um gato, ele agacha para testar seu apoio antes de pular. Estude arcadas no ar enquanto dedilha as notas. Isto ajudará a eliminar hábitos bizarros no movimento do arco. Cante a música antes de tocá-la no violoncelo;

Tocar cello: os dedos são os lábios e o arco a respiração. A dinâmica "piano" não significa “inibido”;

Os dedos da mão direita também são usados para a articulação. Pressão na ponta é realizada através da pronação do braço, não apertando ou suspendendo o pulso;

Mudança de corda: empurrar o braço para a frente ou para a trás horizontalmente, sem levantar o braço.Não levantar os ombros.

BOM PROVEITO PARA TODOS!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Informe Cultural de Utilidade Pública


Concerto aos Domingos do IHGAL

Apresenta:

O violoncelista alagoano Gisdesmi Alves (UnB), o Misa,

estará lançando o Cd "MÚSICA BRASILEIRA PARA VIOLONCELO E PIANO"

Dia: 05 de Junho às 10h da manhã

Local: Instituto Histórico Geográfico de Maceió-AL
Esquina da Rua do Sol com a Ladeira do Brito, Centro, Maceió.

Cheguem cedo para garantir cadeira!

Aprecie!

terça-feira, 19 de abril de 2011

O ato do Vibrato

Por incrível que pareça já me deparei com professores que ensinam o Vibrato de forma equivocada. Aqui no Violoncelos de Maceió vamos tentar dar um basta em algumas dúvidas sobre Vibrato.

Vibrato é um termo italiano usado para uma técnica de instrumentos de cordas e sopros que, no caso do Violoncelo, faz as cordas vibrarem, tornando o som da nota musical oscilante entre micro afinações que causa um efeito expressivo.

Nessa postagem iremos analisar essa técnica. Observar minuciosamente os detalhes que diferem um Vibrato verdadeiro do falso. Onde e como aplicar a técnica sem haver desgastes desnecessários para o violoncelista.

Primeiramente, é necessário que conheçamos o nosso corpo muito bem, como funcionam nossas articulações, nossos limites ou até mesmo nossas vantagens, em alguns casos. Sempre procure ajuda junto a algum fisioterapeuta ou educador físico sério para essas questões.

Após conhecer-se melhor é hora de sentar ao Violoncelo e analisar o Vibrato.

O que está correto e o que está errado?

Vejamos alguns pontos a serem considerados:

· Se o seu Vibrato está começando no seu Pulso (articulação da mão) ou nos Dedos está errado. Vibrar uma corda não é como abrir a maçaneta da porta. Isso causará fadiga nessa região do seu corpo, sem contar que o som não sairá bonito do seu Vibrato, terá uma tensão desapropriada. Não terá um som natural. Esse Vibrato é conhecido como “Vibrato de pulso”, e não é correto. Não utilize;

· O Vibrato verdadeiro tem origem no Ombro. O Ombro deve ser a única parte ativa do movimento, é a articulação operacional. Os dedos, a mão (pulso), o antebraço (cotovelo) tem movimentos naturais ou passivos, ou seja, essas articulações não se movem intencionalmente;

· Para ser mais claro: mantenha a posição do braço como uma placa de sinalização de trânsito “Vire à direita”, mas não levante muito alto o cotovelo. O movimento é como o bater das “Asas da galinha”. Os movimentos devem ser o mais natural possível. Lembre-se sempre que o Ombro é o gerador de todos os movimentos, e de Sustentar a coluna vertebral ereta;

· Você pode começar alisando a corda em toda sua extensão para observar que o movimento ativo realmente começa pelo ombro; logo após vá diminuindo essa extensão até uma nota (recomendo inicialmente a nota Fá na corda Ré, dedo 2) e concentre as dicas anteriores;

· No arco: tente percorrê-lo lentamente, porém o indicador pressionando em supinação; em notas mais longas, deixe-o correr primeiro antes e depois aplique a técnica de Vibrato, ou seja, o Vibrato começa naturalmente pelo arco, após isso é que seu ombro se mexe;

· Somente após se sentir confortável em um estudo você avançará para outro;

· Procure mais informações junto a um professor de Violoncelo;

· Peça para corrigir seus movimentos e postura corporal;

· Estude de fronte a um espelho para fazer um exercício de auto-observação.

Bons estudos!

*Imagem ilustrativa.

terça-feira, 22 de março de 2011

Improvisação no Violoncelo

Olá caríssimos violoncelistas, como de costume venho utilizando o blog Violoncelos de Maceió para compartilhar ideias, dicas de estudos e informações que podem luzir um ciclo crescente na troca humana do dia a dia do nosso instrumento que amamos: o Violoncelo.

Para tanto, vejo entre meus colegas das orquestras e dos conservatórios aqui em Maceió/AL um interesse gradativo pela arte da improvisação. Isso me chama atenção por justamente os estudos nesse instrumento, hoje em dia, não primarem por esse assunto, resumindo-se apenas em técnicas específicas ou pelo estudo de peças de compositores imortais, assim o estudo do violoncelo ficando, em minha visão, incompleta, pois todos os instrumentos musicais são ótimos para instigar nossa capacidade de criação, de liberdade, de auto-expressão, de improvisar.

Edgar Willems em seu livro As bases psicológicas da educação musical afirma no capítulo relacionado à criação musical que “os cursos de harmonia, que os alunos seguem por vezes por simples obrigação, para obter um diploma, e que são necessários para se poder analisar as peças de música, deveriam normalmente preparar os alunos para a composição (...) como de resto de improvisar (...) Não é o resultado visível que importa, mas sim a possibilidade de criar e, portanto, de poder beber nas fontes vivas da natureza humana.” (p. 181).

Ao se falar de improviso logo remete aos músicos o Jazz, já que sua essência está contida no livre caminhar das melodias e no poder de composição instantânea dos instrumentistas. Mas, há quem não goste de Jazz, porém pergunto eu: Será que a arte da improvisação só acontece no Jazz? A resposta que afirmo é negativa, caros colegas celistas. Podemos improvisar em todos os gêneros musicais, basta ter boa vontade e um pouco de criatividade. Lembrem-se dos antigos músicos, Mozart e Beethoven eram grandes virtuoses nessa arte. Se você pensa que o estudo formal do Violoncelo não consiste improvisar comece a refletir sobre seus horizontes e veja o alagoano Hermeto Pascoal, o carioca Nelson Faria, entre tantos outros.

Dicas para iniciar estudos de improvisação:

  1. Estude harmonia tonal: Os livros de Paul Hindemith (Curso Condensado de Harmonia Tradicional) e Arnold Schoenberg (Harmonia) são bem informativos nessa matéria;
  2. Leia livros de improvisação, e assuntos como Campo Harmônico e as Escalas Gregas ajudarão bastante: Escalas para improvisação de Luciano Alves, A arte da improvisação para todos os instrumentos de Nelson Faria, Arranjo Método Prático de Ian Guest Editado por Almir Chediak, entre outros, são apropriados;
  3. Planeje uma seqüência harmônica que contenha uma cadência com funções fundamental, subdominante e dominante, por exemplo: C, Am, F, G;
  4. Construa arpejos simples dos acordes planejados (uma nota por tempo, semínimas);
  5. Utilize divisões nos tempos, variando ritmicamente (colcheas, semicolcheias, etc);
  6. Troque a nota do último tempo por uma sensível ao próximo acorde;
  7. Arpeje utilizando inversões dos acordes de primeira e/ou segunda ordem;
  8. Pratique tudo isso em oitavas diferentes;
  9. Crie um motivo ornamental;
  10. Empregue sua técnica tradicional violoncelística na arte da improvisação.

Mais um trecho de Willems para você:

“Um das chaves da criação, ou da recriação, é o amor pela música e o desejo intenso de a realizar. Este amor pela música e o desejo devem ser despertados e cultivados no aluno, a fim de que seu desenvolvimento musical se faça segundo as leis da vida humana e musical.” (p. 185).

Boas improvisações violoncelísticas a partir de agora!

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Mulhercello

Mesmo, não há como não pensar na delicadeza

da mulher ao tocar um violoncelo

no toque firme e suave, ao escorrer os meus dedos

no pulsar do coração, na busca desse elo

no aperto suave do encaixe entre minhas pernas

devagar, sussurrando baixinho

as melódicas arcadas

tão próximo ao sexo

a sensação de satisfação das sonatas exaladas

dos cabelos, que as vezes longo, ao encordoamento – um salto

alisados com o meu arco firme

que extrai do som (textura) da mulher

a luz

da beleza do violoncelo.

Felipe Brandão.

Uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher - 08 de Março.

Imagem: Alexander Kharlamov.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Saúde aos Violoncelistas!

Olá amantes do Violoncelo. Essa matéria nasceu de uma pergunta enviada por Sheila ao comentar sobre a postagem “As lesões nos músicos”. Ela nos trouxe a questão das artroses em seu depoimento informando que tem uma em seu dedo mínimo esquerdo nos perguntando se conseguiria estudar Violoncelo, sua paixão, com esse tipo de lesão.

O Violoncelos de Maceió foi buscar ajuda a resposta junto ao Dr. Antonio Augusto de Arruda Silveira Junior Especialista em Clínica Médica e Cardiologia e Pós-Graduado em Geriatria e Exercícios Físicos no Envelhecimento pela Faculdade de Medicina da USP. Médico responsável pelo Instituto Lyon de Curitiba, como também em sites sobre o tema para melhores informações. Aqui está a reunião de informações diversas encontradas para melhor orientar os colegas violoncelistas a cuidarem de sua saúde. Boa leitura!

O que é Artrose?

A artrose (artrite degenerativa, doença degenerativa das articulações) é uma perturbação crônica das articulações caracterizada pela degenerescência da cartilagem e do osso adjacente, que pode causar dor articular e rigidez.

As articulações têm um nível tão pequeno de fricção que não se desgastam, salvo se forem excessivamente utilizadas ou danificadas.

É provável que a artrose se inicie com uma anomalia das células que sintetizam os componentes da cartilagem, como o colágeno (uma proteína resistente e fibrosa do tecido conjuntivo) e os proteoglicanos (substâncias que dão elasticidade à cartilagem).

A cartilagem pode crescer demasiado, mas finalmente torna-se mais fina e surgem gretas na sua superfície. Formam-se cavidades diminutas que enfraquecem a medula do osso, debaixo da cartilagem. Pode haver um crescimento excessivo do osso nos bordos da articulação, formando tumefações (osteófitos) que podem ver-se e sentir-se ao tato. Estas tumefações podem interferir no funcionamento normal da articulação e causar dor.

Por fim, a superfície lisa e regular da cartilagem torna-se áspera e esburacada, impedindo que a articulação se possa mover com facilidade. Produz-se uma alteração da articulação pela deterioração de todos os seus componentes, quer dizer, o osso, a cápsula articular (tecidos que envolvem algumas articulações), a membrana sinovial (tecido que reveste a articulação), os tendões e a cartilagem.

Artrose é o mesmo que artrite?

"A artrite é uma doença inflamatória que pode afetar várias articulações ao mesmo tempo, por isso denomina-se poliartrite. Não está vinculada com a idade, pois pode aparecer na juventude", explica a especialista.

Existem distintos tipos de artrite, uma delas é a artrite reumatóide. Esta enfermidade compromete o estado geral da pessoa, produzindo abatimento, cansaço e perda de peso. Ademais produz inflamação, tumefação e avermelhamento da articulação. A dor é contínua em repouso e a pessoa levanta-se com muita dor e rigidez.

A artrose, ao contrário, apresenta uma dor mecânica que sente-se depois de utilizar a articulação. Geralmente é uma dor vespertina e alivia-se com o repouso. A pessoa pode levantar-se dolorida e sentir um pouco de rigidez, o que dificulta-lhe o início do movimento. Porém, em alguns minutos a rigidez desaparece e a pessoa pode movimentar-se normalmente.

A artrose diferencia-se da artrite reumatóide pelo comprometimento do estado geral. E também existem pessoas assíntomas, mas o médico pode detectar a artrose em uma radiografia. Isto mostra, entre outras coisas, que o espaço ocupado pela cartilagem é menor que o habitual porque esta está deteriorada. Dado que a cartilagem cumpre a função de amortecer a pressão e o atrito entre os ossos, ao deteriorar-se, os ossos se tocam e se desgastam.

Existem duas classificações da artrose:

Primária (idiopática), quando a causa é desconhecida, e

Secundária, quando a causa é outra doença, como a de Paget, uma infecção, uma deformidade, uma ferida ou o uso excessivo da articulação.

São especialmente vulneráveis os indivíduos que forçam as suas articulações de forma reiterada, como os músicos, operários de uma fundição ou de uma mina de carvão e os condutores de autocarros. Contudo, os corredores profissionais de maratona não têm um maior risco de desenvolvimento desta perturbação. Embora não exista uma evidência concludente a esse respeito, é possível que a obesidade seja um fator importante no desenvolvimento da artrose.

Tratamento:

Tanto os exercícios de estiramento como os de fortalecimento e de postura são adequados para manter as cartilagens em bom estado, aumentar a mobilidade de uma articulação e reforçar os músculos circundantes de maneira que possam amortecer melhor os impactos. O exercício deve ser compensado com o repouso das articulações dolorosas; contudo, a imobilização de uma articulação tende mais a agravar a artrose do que a melhorá-la.

Os sintomas pioram com o uso de cadeiras, reclinadores, colchões e assentos de automóvel demasiado moles. Recomenda-se o uso de cadeiras com costas direitas, colchões duros ou estrados de madeira por baixo do colchão. Os exercícios específicos para a artrose da coluna vertebral podem ser úteis; contudo, são necessários suportes ortopédicos para as costas em caso de problemas graves. É importante manter as atividades diárias habituais, desempenhar um papel ativo e independente dentro da família e continuar a trabalhar.

Também são úteis a fisioterapia e o tratamento com calor local. Para aliviar a dor dos dedos é recomendável, por exemplo, aquecer cera de parafina misturada com óleo mineral a uma temperatura de 48ÞC a 51ÞC, para depois molhar os dedos, ou tomar banhos mornos ou quentes. As talas ou suportes podem proteger articulações específicas durante atividades que gerem dor.

Quando a artrose afeta o pescoço, podem ser úteis as massagens realizadas por terapeutas profissionais, a tração e a aplicação de calor intenso com diatermia ou ultra-sons.

Os medicamentos são o aspecto menos importante do programa global de tratamento. Um analgésio como o paracetamol (acetaminofeno) pode ser suficiente. Um anti-inflamatório não esteróide como a aspirina ou o ibuprofeno pode diminuir a dor e a inflamação. Se uma articulação se inflama, incha e provoca dor repentinamente, os corticosteróides podem ser diretamente injetados nela, embora isto só possa proporcionar alívio a curto prazo.

A cirurgia pode ser útil quando a dor persiste apesar dos outros tratamentos.

Algumas articulações, sobretudo a anca e o joelho, podem ser substituídas por uma artificial (prótese) que, em geral, dá bons resultados: melhora a mobilidade e o funcionamento na maioria dos casos e diminui a dor de forma notória. Portanto, quando o movimento se vê limitado, pode considerar-se a possibilidade de uma prótese da articulação.

Palavras do Dr. Antonio:

- A osteoartrose ou osteoartrite, popularmente conhecida como artrose, é uma doença osteomuscular que acarreta sérias dificuldades na vida diária dos pacientes, pois gera numerosas incapacidades que não só afetam o seu estado de saúde, como também apresentam uma série de implicações psicossociais, ocupacionais e familiares.

Essa doença carrega sobre si o mito de não ter tratamento, fazendo com que os portadores dessa patologia padeçam sem a atenção médica devida mesmo nos dias de hoje.

Os problemas fundamentais do paciente com osteoartrite são:

1.. Dor articular

2.. Rigidez matinal

3.. Diminuição do movimento articular

4.. Perda da função articular

5.. Diminuição da força muscular

6.. Diminuição da resistência muscular

7.. Mau alinhamento articular, com deformidade articular

8.. Alteração da marcha.

Sobre a Reabilitação:

A evolução dos estudos na reabilitação da osteoartrite derrubaram alguns mitos como:

- A indicação de frio ou calor na articulação comprometida, pois não há evidências na literatura atual que proporcione bases terapêuticas desta forma de tratamento.

- Ultra-som e laser - não há evidências significativas de que tratamentos isolados de calor profundo gerem resultados, se não forem associados a exercícios e programas de reabilitação física.

Mas, sem dúvida, a grande mudança de paradigmas na reabilitação de pacientes com osteoartrite - seja para diminuir a dor ou para melhorar a amplitude do movimento articular e evitar o sobrepeso nas articulações lesionadas - foi à comprovação de que exercícios de musculação são muito superiores à hidroterapia tão amplamente usada.

Vários estudos científicos já concluídos têm demonstrado que os pacientes portadores de osteoartrite, principalmente de quadril e de joelho, apresentam melhores resultados com exercícios resistidos (musculação), quando comparados a exercícios aquáticos. Os exercícios de musculação possuem ações diretas no processo de reabilitação da osteoartrite, pois é comum observar atrofia e fraqueza dos músculos ao redor da articulação lesionada e somente a musculação pode melhorar esta atrofia.

Quatro pontos são extremamente relevantes nos exercícios de musculação:

1.. É a melhor forma de exercício para tratamento da osteoporose (os exercícios realizados na água não acarretam ganho de massa óssea, podendo inclusive diminuí-la, por se tratarem de exercícios sem o efeito da gravidade, principal fator de estimulação para ganho de massa óssea) e os pacientes portadores de osteoartrite, na grande maioria das vezes, apresentam osteoporose associada;

2.. Não requerem aptidão prévia, existindo, nos dias de hoje, aparelhos adequados para essa população geriátrica;

3.. Apresentam menores riscos cardiovasculares do que uma simples caminhada de intensidade moderada no plano, principalmente para pacientes portadores de doença cardíaca grave;

4.. Pelo incremento de força muscular, aumentam a funcionalidade, diminuem o risco de quedas e devolvem a independência de vida ao idoso, fator esse de extrema relevância para manter a sua auto-estima elevada e qualidade de vida Nos casos de osteoartrose de quadril e joelhos, quando essa não apresenta condições de reabilitação, o implante de próteses está indicado e vem demonstrando excelentes resultados, quando realizado por profissional capacitado, com material adequado e com os devidos cuidados de reabilitação pós-operatório.

Os pacientes portadores de osteoartrite devem ser sempre avaliados por um clínico ou especialista, pois ao contrário do que algumas pessoas imaginam, não existe apenas um tipo de reumatismo.

Dr. Antonio Augusto de Arruda Silveira Júnior

Instituto Lyon Curitiba.

Fones: (41) 223-0047 e 9963-7635

Fontes:

http://www.bastaclicar.com.br/noticias/noticia_mostra.asp?id=374

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/artrose/

Violoncelistas e amantes da música, nosso blog vai sendo construído juntamente com vocês. Matérias sobre a saúde dos músicos vêm sendo bastante requisitadas, e como nossa intenção é ajudar e dar boas dicas aos violoncelistas e a músicos em geral, dicas sobre saúde é primordial.

Além de seus estudos musicais, cuide da sua saúde!